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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Camelôs fazem protesto em Prazeres, Jaboatão do Guararapes PE em 06/08/2013

Os ambulantes fizeram protesto contra a proibição das vendas de CDs e DVDs piratas. A venda de produtos piratas é uma contravenção penal, e dá cadeia. A Lei 10.695, de 1 de Julho de 2003, acrescentou ao artigo 184 do Código Penal, que constitui crime "Violar direitos de autor e os que lhe são conexos". Dia 06/08/2013 a empresa “Priples” também fez protesto contra a proibição do esquema de pirâmides. Se sentindo injustiçados os participantes da pirâmide foram para as ruas protestar contra a decisão do Supremo Tribunal. Pois é, outro meio ilegal de obter lucro. Quem fica por ultimo não recebe nenhum percentual referente ao investimento. De qual perspectiva podemos tentar observar a situação do Brasil nesse momento? Será que todos são vitimas da sociedade capitalista, que não dá oportunidades de trabalho? Será que o problema é cultural? Nesse compasso, será que logo não vai ter traficantes reclamando o direito de vender as suas drogas sem a interferência do governo? Eu sou a favor dos protestos, cujas causas são de interesse publico, comunitário... Ah Brasil de todos os santos, de todas as raças, todas as cores... Da liberdade de expressão, da reclamação, de protestos diligentes... Ah ordem e progresso, cadê você? Porque tudo desanda dessa forma? Acho que estou sendo egocêntrico demais, talvez haja algum sentido nisso tudo. Talvez eu não entenda porque tenho meu trabalho, minha vida sem precisar vender algo ilegal, ou enriquecer sem esforços. Tenho que ser sínico e fingir que não vejo. Será isso tudo um sistema de corrupção hereditária que herdamos dos nossos colonizadores? No país do “tudo pode”, “o meu pirão primeiro”! Triste...

Alex Alves








quarta-feira, 31 de julho de 2013

O mito das vagas em PE

Maldito Capitalismo
Podemos nos deparar com muitas injustiças diante de um mercado cada vez mais competitivo. Se por um lado existem profissionais procurando se qualificar, por outro surge à cobrança de experiência por parte das empresas. Há possibilidade de alinhar técnica e prática a partir de estagio? Como, se a maioria dos estudantes são pessoas que precisam trabalhar para pagar as universidades, e não conseguem esse tipo de beneficio(estágio), dentro das empresas?
A crescente demanda por qualificação em Pernambuco, devido à instalação do porto de SUAPE, também tem acendido não só a vontade de quem quer ter um bom emprego, e garantir um futuro profissional adequado, como também faz crescer um gama de cursos técnicos e de graduação superior tentando suprir essas necessidades; que na maioria das vezes não são o suficiente para atender as expectativas dos contratadores.
Falava-se sobre uma crescente economia, pois, com a chegada do porto não só haveria oportunidades de emprego em SUAPE, como também em muitas empresas que se instalaram ou se adaptaram, para atender as demandas do estaleiro. Realmente tem vagas disponíveis, e a economia cresce aos poucos em Pernambuco, mas se não houver um plano ou uma parceria com as empresas, para acompanhar esse desenvolvimento, de nada vai adiantar se especializar, pagar cursos caros e, ainda assim, não estar dentro das expectativas do setor. Existe uma frase que diz: “O mercado não tem espaço para amadores”, é cruel ouvir isto, mas, a cada dia se torna mais "real", porque o mercado é insensível e reduz o homem a um produto do próprio mercado. 

Alex Alves

terça-feira, 16 de julho de 2013

Existe Apartheid Social no Brasil?



Karl Marx indicava sobre as diferenças de classes impostas pelo capitalismo, que colocavam uma distância enorme entre os burgueses e o proletariado. A nossa sociedade é uma sociedade de classes, patriarcal, machista e racista, que vai tentar acentuar cada vez mais as diferenças atribuídas pelo capitalismo. A teoria do conflito de Karl Marx fala sobre os conflitos que existiram entre as classes de senhores e servos, patrões e empregados, ricos e pobres desde a sociedade mais antiga ate à contemporânea. 

O racismo no Brasil também coloca distinção entre as pessoas. Segundo as teorias do Conde de Gobineau, Merton e Lombroso a mistura das “raças” degeneraria a espécie humana. A “raça pura” ao se misturar com uma raça inferior perderia as suas qualidades: razão, inteligência, honestidade, amor, respeito etc. Todas essas qualidades que não são inatas ao ser humano, "teoria sem fundamentos". 
Gilberto Freyre dizia que sempre houve essa situação de senhor e servo na humanidade, e os homens no Brasil não estavam preocupados com os negros, pois a sua condição já era inferior e não se devia ter preocupação em relação a eles. Dessa forma existia uma situação de convivência sem conflitos, pois cada um aceitava a sua condição. Ao contrario de outros países, como os Estados Unidos onde era proibido o relacionamento entre brancos e negros, no Brasil se permitia o cruzamento de todas as raças, e dessa forma o Brasil se tornaria um país forte, por causa da união de todas elas existentes no país. 

Criou-se um mito de democracia racial, que chamava atenção de outros países, pois se acreditava que no Brasil existia a possibilidade de viver longe do racismo. Tudo isso foi um mito, pois na realidade a situação no Brasil não era de igualdade entre os brancos e negros, o que acontecia na verdade no relacionamento era certo tipo de abuso entre o senhor e a escrava, a qual mantinha relação contra a sua vontade. 

Florestan Fernandes acreditava que existia a degeneração causada pala mistura das raças, no entanto, com o tempo a miscigenação faria com que o negro fosse se extinguindo no Brasil. Essa teoria foi chamada de “teoria do branqueamento” e diferente dos Estados Unidos, permitia uma diversificação racial atribuída pela cor da pele e não pelo sangue. Existia aqui, o índio, negro, branco, mulato, cafuzo, mameluco etc. 

Foram abertas as portas para os estrangeiros que quisessem vir morar no Brasil e arriscar a sorte nessa nova terra. Foram criadas colônias de alemães, italianos, chineses, judeus entre outras migrações europeias para branquear o povo. Todos esses povos vieram com muita disposição para trabalhar, e os negros libertos não tinham oportunidades para trabalhar em terras próprias e pela situação recente de escravidão não aceitavam trabalhar novamente como servos. 

Uma teoria falsa entre a situação capitalista de Marx e a teoria do branqueamento de Florestan: é que tanto no capitalismo com a sua luta entre as classes como no racismo com a teoria do branqueamento ou democracia racial de Freyre existia a possibilidade de alguém deixar ser pobre ou escravo através do esforço, quando sabemos não ser realmente assim. Sabemos que existe um racismo embutido na sociedade brasileira, o qual é maquiado pelo cinismo de algumas pessoas, e mesmo que uma pessoa pobre ou negra estude e consiga se diferenciar pelo esforço não terá tao facilmente oportunidade, pois possivelmente esbarrará em um dos entraves impostos pelo "Apartheid Social".


"Não acredito em determinismo social".

Alex Alves

domingo, 7 de julho de 2013

FATOS SOCIAIS


Émile Durkheim

Fatos sociais são meios de coerção, reproduzidos difusamente, que moldam as atitudes das pessoas. Por exemplo, todos os grupos sociais estabelecem normas de convivência, nos quais todos têm que se enquadrar para não serem marginalizados. Quando dizemos: “menina fecha as pernas ao sentar”, azul é cor de menino ou se espera dar lugar a um idoso no ônibus, estamos agindo sobe pressão de um fato social. Os fatos sociais ou as normas de convivência existem mesmo que não possam ser percebidos, já existem antes do nascimento das pessoas, são a elas impostas pelo mecanismo de coerção social, como a educação; por causa dos costumes o aceitamos   como fator essencial para o bom convívio social. Segundo Durkheim, os fatos sociais são impostos pela família e pelas instituições. Começam em casa, depois na escola, igrejas etc.
  
Modelos de dominação coletiva por meio da sugestão

Assim como não existe alienado consciente, nem todo mundo percebe a pressão exercida pelos fatos sociais. Se alguém decide ir contra, como por exemplo, se alguém decide comprar com pedras em vez de dinheiro, vai ser motivos de risos para as outras pessoas ou em relação à moda: se um homem usar roupas cor de rosa também sofrerá com a pressão social causada pelo machismo (que é um dos tipos de pressão que existe). O modo de agir diante dos fatos sociais vai depender do grau de coalescência das pessoas, ou seja, da forma como as pessoas estão “unidas” ou se complementem como sociedade. Por isso algumas pessoas não cedem o lugar a mulheres grávidas ou idosas nos ônibus; mesmo existindo pressão social; em primeiro lugar colocam o seu beneficio. Essas pessoas não têm nenhum tipo de solidariedade social ou contribuem para o desenvolvimento da sociedade.    Criticamos os fatos sociais porque nos dizem como devemos agir, no entanto, os reproduzimos por que são essenciais à convivência social.

Alex Alves

quinta-feira, 21 de março de 2013

O perigo do Fundamentalismo Religioso

Precisamos de um estado laico já

Homens que se intitulam: cristãos, varões valorosos, a menina dos olhos de Deus entre outras afirmações, tomaram uma posição perigosa diante de fatos acontecidos recentemente contra Homossexuais. Duramente inflexíveis sob os seus pontos de vistas, afirmam que o homossexualismo é uma doença, que são aberrações e que devem e podem ser curados. A estratificação causada pelas diferenças de “raça”, cor, classe social, etc. continuam agredindo simbolicamente as minorias; a religião já cometeu muitos crimes no passado e corre-se o risco de voltarmos à idade media e cometermos os mesmos erros. Isso fere a constituição brasileira, e o principio da religião (o amor ao próximo). Se eles querem ser tão eficientes porque não se propõem a orar por esses males? Se bem que oração não ajuda se não tiverem ação... Entende-se que tais fatos possam colocar em risco a integridade física dos homossexuais, alem da segregação cultural causada pelo machismo. O pior nessa historia toda é que algumas pessoas tomam partido sem antes averiguar se as informações procedem, isso causa um clima eufórico e, se não dizer extasiante, entre os evangélicos e os homossexuais. São duas classes que sofrem com preconceitos sociais enormes. É bom observar que, não há FONTES nessas "notícias" que estão circulando sobre o deputado Jean, o que pode nos dar a entender que não são verdadeiras ou confiáveis.

Acredito que o mais razoável é pesquisar o assunto e saber o que pode ser VERDADE ou  MENTIRA. E isso vale para tudo que é postado nas redes sociais. Antes que se poste algo que possa aumentar ainda mais o mal entendido, porque o fundamentalismo religioso pode torna pessoas em ZUMBIS em busca de cérebros. E pessoas que não investigam não tem opinião própria, são facilmente manipuláveis e geralmente defendem uma causa e desconhecem o seu sentido.



Alex Alves

quarta-feira, 20 de março de 2013

Deus não precisa provar que existe


A ciência não é inimiga da fé como se pensava, pelo contrario, explica a complexidade das coisas e através dela nós podemos ver que existe uma determinação lógica dos eventos; através do indutivismo ingênuo podemos prever certos episódios. Uma boa hipótese generalizada é aquela que permite ser refutada, pois só assim, poderá se aproximar da realidade, acertando e errando, mas sempre levando a refletir.  É lúcido acreditar na evolução das espécies, existem evidencias, no entanto, leva em sentido contrário a fé cristã. Em relação a isto, acredito que há muito tempo, pessoas se aproveitaram politicamente da fé que os indivíduos têm em Deus, para dominá-los e distorceram a teoria divina, a ciência também é viva. Pode se pensar que religião é filosofia, de certa forma acredito que sim,  funciona como um freio moral para a sociedade, uma ideologia de como o homem tem que ser para melhor conviver, no entanto, tentar entender como Deus quer que sejam as coisas é absurdo. Nietzsche disse que o homem criou Deus a sua imagem e semelhança, Xenófanes disse que se um cavalo pudesse pintar como seria a forma do seu Deus, com certeza ele pintaria em forma de cavalo. O homem em geral, não tem como imaginar como ou qual seria a vontade de Deus, se não, segundo o que ele entende por verdade, pela sua cultura, pela sua política e as suas crenças. Deuses foram criados para explicar fenômenos naturais e coisas que o homem não conseguia explicar. No Egito existiam deuses antropozoomorficos, metade animal, metade humana, e a cada um era determinado certo poder, por exemplo: Rá era o deus sol, a estrela da manhã que trazia calor e mantinha a vida no planeta. Já o antropomorfismo dos gregos que nós adotamos, os deuses teriam semelhança com a imagem humana, e seriam sujeitos aos mesmos desejos e paixões. De uma forma ou de outra, acredito na fé e acredito que existe um Deus criador, quiçá como a bíblia fala, mesmo acreditando que a própria tenha sido distorcida varias vezes em beneficio cômodo das crenças. O Deus que eu acredito é aquele que todo ser humano sente e desconhece, naquele que chamamos de Força, Essência da vida ou como queiram chamar. Tenho pena de quem não questiona, pois, o Deus que eu acredito é o Deus do saber e, como se chegará ao Conhecimento sem questionar? Como poderemos nos encontrar com a Sabedoria sem procurá-la?



Alex Alves

segunda-feira, 18 de março de 2013

Duvidas sobre a onisciência


A ideia de onisciência, é atribuída ao total conhecimento das coisas.
Onisciência ou omnisciência é a capacidade de saber tudo infinitamente, incluindo pensamentos, sentimentos, vida, passado, presente, futuro, e todo universo, etc.
A onisciência é um conceito vastamente aplicado nas artes, como na literatura e em produções cinematográficas.
Na maioria das religiões monoteístas esta habilidade extraordinária é tipicamente atribuída a um único Deus supremo, onde o conceito da onisciência se mantêm tradicionalmente como uma verdade absoluta (i.e no cristianismo e no islamismo). 

Onisciência é igual a você assistir um filme varias vezes e saber que o final nunca vai mudar. Você não consegue interagir com os personagens pois, são só reproduções, e você já sabe onde todos irão ser virtuosos ou não. O fato de uma pessoa resistir ao "pecado", já seria previsto na teoria da onisciência; para alguém que sabe todas as coisas, essa falha já seria prevista por exemplo! Um Deus que sabe todas as coisas saberia que eu estou de joelhos implorando o seu perdão e, quando sair de sua presença irei cometer os mesmos erros... Pensando como homem e não como Deus, teria graça um tipo de relacionamento que você não se pode dar ao luxo do acaso, uma variedade entre as possibilidades de escolha, ou do esforço humano por exemplo, para manter um relacionamento? por exemplo, eu posso me esforçar para não cair em tentação, chegar aos meus limites humanos, mas, se eu cair já era sabido antecipadamente... eu deveria ser punido? O principio da onisciência é conhecer o inicio e o fim de todas as coisas. Pensando assim Deus já saberia o meu fim: céu ou inferno! Lembra a vigilância e punição, ou seja, a ideia que as nossas mentes estarão sempre sendo vigiadas a não cometer transgressões, de certa forma isto deve ser para moldar os nosso atos.

O questionamento deve fazer parte da vida de todos os seres humanos, quem não questiona merece a vida que tem.

Alex Alves

sábado, 16 de março de 2013

Homem x Mulher: as diferenças persistem.


É interessante como a maioria das mulheres conseguem dar conta de várias coisas ao mesmo tempo. Nesse contexto quero expor o meu ponto de vista, como homem e, de natureza limitada: nós homens não conseguimos assistir TV, ler um livro e conversar ao mesmo tempo, enquanto que a nossa companheira prepara o almoço, fala ao telefone e ainda consegue pensar na festinha de aniversario das crianças. Nós precisamos de total atenção naquilo que estamos fazendo. Se for dirigindo, não prestamos atenção em todos os pontos do caminho, ou seja, não temos tempo de ficar olhando as paisagens, ao contrario de quando estamos no banco do carona; no entanto, Somos cobrados por falta de atenção na maioria das vezes.
As maiorias das mulheres dizem que só uma mulher entende a outra, nesse ponto de vista imagino a sua insatisfação em não poder conversar abertamente com o seu parceiro, que talvez só entenda determinado assunto de uma forma parcial. São universos totalmente diferentes, experiências e convívio distintos, que não podem ser comparados.     Quando vários homens estão juntos, seja lá para o que for, não tem nenhum tipo de sentimentalismo, cuidados com aparentes agressões  verbais ou falar “palavrões”, por exemplo e, talvez por conta disso cometemos deslizes em não tratá-las do mesmo jeito que são tratadas por outras mulheres, apesar do esforço, tentar entende-las, é como entrar num labirinto. E ainda existe a confusão do sim e não; no mundo lógico ou real, o não quer dizer não mesmo, o sim, quer dizer sim e assim por diante. Tentar entender isso é dar um nó em nossas cabeças, como eu vou entender um: " a tah, pode ir", como uma forma negativa? Fazer com que mudemos totalmente o que aprendemos durante a nossa infância e, quando as nossas mães diziam “não” e obedecíamos, e quando diziam sim também.
É imprescindível a atenção dobrada e paciência de nossas cúmplices quando estão a conversar conosco, pois o que elas fazem muito bem, nós, pobres seres limitados e incapazes, só imaginamos como cena de um filme de ficção científica.
                                                                                       
      Alex Alves 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sobre o Suicidio


Segundo Durkheim, o suicido não tem relação com a desordem psicológica dos indivíduos e, sim com o grau de solidariedade social, ou seja, a intensidade das relações sociais e os seus significados. Os índices de suicídio não vão contra ou no mesmo sentido dos problemas psicológicos, eles tem relação com o índice de solidariedade social, de acordo com ele: no Sec. XIX, entre os judeus existia o maior índice de desajuste psicológico, no entanto, o menor índice de suicídio, levando a crer que o fato da religiosidade contribuía para o nível de solidariedade social e servia como ancora para o baixo grau nos índices de suicídio. De acordo com Durkheim o indicador é maior entre as pessoas idosas porque diminui os laços de solidariedade social e a pessoa tem menos contatos com amigos e quando o cônjuge é falecido, não se tem muito a que se apegar... E menor entre as mulheres porque por causa dos laços familiares, filhos etc.
Existem vários tipos de explicaçãos, por exemplo:

· O suicídio anômico ­­­­­– pode acontecer em ambientes com baixo grau de regulação social (poucas normas de convivência).

· O suicídio fatalista – pode ocorrer onde há regulação excessiva da vida social deixando pouco espaço para que os indivíduos manifestem as suas paixões e necessidades. Por exemplo, uma pessoa poderia cometer o suicídio se não aceitasse os seus impulsos sexuais, quando não estivessem de acordo com os padrões da sociedade em relação a sexualidade e gênero.

· O suicídio egoísta – por causa de laços fracos de relações sociais com outros indivíduos.

· O suicídio altruísta – auto índice de integração social de forma que se priorizam os interesses do grupo, por exemplo, alguém dá a sua vida para salvar a muitos.

Alex Alves

sexta-feira, 8 de março de 2013

Quem tentou o Diabo?


Se atribuirmos a tendência que a humanidade tem de se inclinar para o mal ao Diabo, estaremos nos isentando de toda responsabilidade. Há tempos existe esta pergunta: Quem tentou o diabo? Pois, se atribuirmos a culpa por nossas escolhas erradas a ele, quem o tentou para usurpar o trono de Deus? Deus criou o Mal? O mal é o produto das nossas escolhas, está de forma eminente em cada um de nós, e pode se manifestar a qualquer momento? Todavia, o amor e o ódio andam em uma linha tênue.
Será que o Mal já não existia antes da criação e vivia lá no céu junto com Deus? Talvez até tenha sido criado por Ele, pois, se a religião atribui a origem de todos os males da humanidade ao Diabo, quem O tentou para cometer o mal e se voltar contra Deus? Outro Alguém maior? Será que o Seu coração foi como uma estrela que retrocede ate uma Supernova e, dai surge o mal? Diz-se que: “Ele veio para matar, roubar e destruir”. Eu pergunto: será que a espécie humana não se utiliza desse argumento para se eximir da maldade cometida pelos homens? Será que não chamamos de bom o nosso Ego e de Mal o nosso Ide? E no meio o selff sufocado em um conflito interno tentando não ceder ou extrapolando de vez as suas vontades? A religiosidade tem destruído a verdadeira intenção da religião desde o começo, se tornando objeto de dominação pela política e pelas pessoas que detinham o poder, de decidir pela vida dos outros em nome de Deus. Negar que existe Diabo também é negar a existência de Deus, para quem acredita... Essa dicotomia foi talvez criada para colocar cabresto nos homens, pois politicamente a coerção através da Fé é mais eficaz que o uso da força, Pois, quem se atreveria ir contra Deus? O que vejo hoje é o usufruto desenfreado da Fé alheia em beneficio próprio, ate quando isso vai continuar sem uma intervenção, quer seja Divina quer Jurídica? Não quero ser advogado do Diabo, mas convenhamos: vamos assumir a culpa pelos nossos erros! Também acredito que nenhum religioso deveria se envolver com políticas partidárias. Dificilmente eles ouvirão o anjo bom! 
Alex Alves

quarta-feira, 6 de março de 2013

Raízes da desigualdade


As questões de classes e das desigualdades sociais são pouco discutidas pela nossa sociedade. Quero tomar como decorrência da Industrialização, as disputas sociais e conseqüentemente as lutas dos grupos. A revolução industrial acabou com os pequenos produtores de fabricações artesanais, com a utilização das máquinas a vapor; com elas se conseguia produzir em grande escala e conseqüentemente atender a demanda  emergente por conta da globalização, no entanto, existia um abismo muito grande entre os produtores e os trabalhadores.
A burguesia conseguiu ascender na Europa com a Revolução Francesa, tendo como ajuda a participação da classe pobre, sob uma ideologia de libertação do povo contra a monarquia, logo que conseguiu, se voltou ao status quo, e cada um voltou a ocupar o seu lugar. Os pequenos produtores não podiam competir com a burguesia, que tinham as ferramentas e recursos de trabalho necessários para produzir os bens de consumo, no máximo, poderiam oferecer a sua capacidade/força de produção em troca de condições de trabalho subumanas, com longas jornadas. Karl Marx chama de: “teoria do conflito”, onde sempre existirá uma luta entre as classes, para se manter ou ascender socialmente.
Quero fazer uma ilustração, usando como exemplo o telefone celular, para levar a um entendimento de como possa nascer uma das causas da distinção (diferença), entre as classes. Há trinta anos ele não existia, a partir do primeiro contato, passou a se tornar um bem necessário e, até hoje ele só vem sendo aperfeiçoado. Como o homem poderia sentir falta de alguma coisa que ainda não existia? Ou que nunca teve contato? Pois então, ele foi criado como muitas outras coisas, facilitar a vida das pessoas, no entanto, se tornou ícone de status. Só se pode sentir falta de uma coisa quando tiver o contato com ela, se não, só se sente o desejo de possuir; antes de o celular existir não se sentia falta dele.
No inicio ter o aparelho se tornou uma questão de status, isso colocava as pessoas que podiam usufruir desse bem em posição de destaque na sociedade e servia para identificar uma classe, mas, se nunca tivesse sido inventado? O ser humano estaria em busca de outra forma de se diferenciar? Podemos dizer que sim através de experiências do cotidiano.
Essa luta cria ícones que distinguem as classes e faz com que o individuo se transforme em consumidor de coisas das quais ele nem sabia que precisava e, uma vez em contato “não consegue mais viver sem”. Não poder utilizar um símbolo que reflita uma posição social pode gerar insatisfação, quando não se consiga obter em detrimento de sua classe/condição social. As pessoas tentam de certo modo ascender socialmente, e isso gera satisfação quando conseguem estar de acordo com os padrões criados pelo capitalismo; quanto mais próximos estamos dos grandes centros urbanos, mais sofremos influência dele. Imaginemos uma situação hipotética (pois, não tenho fundamentos teóricos, apenas empíricos), onde existam pessoas que vivam nas Zonas Rurais e tenham pouco contato com o capitalismo, não usem celular, poucos tenham veiculo motor, não exista Shopping Center nas proximidades e só vejam alguns objetos de consumo pela TV; e no máximo, vão ao mercado/feira livre nos finais de semana, tais pessoas não teriam os mesmo ícones que os nossos como símbolo de status. Se por acaso uma dessas pessoas do campo viessem morar em uma capital ou próxima a ela e tivessem influencia do capitalismo diretamente, não passaria a desejar as mesmas coisas das classes consideradas superiores?
É claro que isso pode ser objeto de estudo, no entanto, quero especular sobre o assunto, levando em consideração o conflito de classes, imaginando o consumismo como fator que coloca, se não, seja combustível para as diferenças sociais. Nas palavras de Durkheim: [...] se mais pessoas desejassem menos, então a solidariedade social aumentaria mais...
O determinismo é uma teoria pessimista; acredita que uma pessoa nascendo num determinado ambiente social sofra influencias por ele  que determinem o seu papel na sociedade, é claro q isso não é verdade porque se fosse realmente assim, todos nós agiríamos da mesma forma aos mesmos impulsos; no entanto, vou usar o termo: “status atribuído”, para falar sobre as diferenças de impostas ao gênero e raça.
De acordo com o texto de Claude Lévi-Strauss: Gobineau justifica que o determinismo geográfico e biológico, já citado acima como não aceito, são os causadores das diferenças entre as raças, pois, se atribuiu as pessoas de pele escura uma baixa intelectualidade, e incapacidade de desenvolver uma cultura consistente; e às mulheres biologicamente são inferiores aos homens quando se discutia sobre força muscular, trata-se de um status atribuído, no qual  os indivíduos que nasçam sob esses aspectos, não tenham oportunidades iguais dentro das sociedades. Não seria um sistema de causa e efeito, pois, algumas pessoas nascidas sob esses aspectos podem ascendem socialmente.
Essa idéia foi para justificar as diferenças baseadas em argumentos científicos, e sociais como forma de se explicar a opressão sobre as classes consideradas inferiores e a imposição do poder. Isso se fincou em diversas culturas e de certa forma foi perpetuado por pessoas sem informação ou de forma intencional. Outro fator importante colocado no texto é a questão cultural, pois, existe certa hierarquia étnica desde a colonização, por exemplo, as pessoas são classificadas pela cor da pele e os traços que os caracterizam  (branco, amarelo, negro, cafuzo, mameluco). Os negros e as mulheres ganharam direitos jurídicos, mas socialmente ainda são descriminados e não tem as mesmas oportunidades dos homens considerados de cor branca. Todas essas ideologias culturais, raciais, patriarcalismo e o consumismo desenfreado contribuem bastante para as desigualdades além de falhas nas políticas publicas.



Alex Alves