sábado, 4 de maio de 2019

O “Meteoro” Bolsonaro e o vírus da polarização ideológica.

Resultado de imagem para meteoro bolsonaro No Brasil, a partir de 31 de agosto de 2016 até o final de 2018, começamos a sentir uma divisão social e ideológica, concomitante com a queda do governo petista e o impeachment da Dilma Rousseff, a qual perdeu o cargo de Presidente da República para o vice Presidente Michel Temer. Após três meses de tramitação do processo iniciado no Senado, foram 61 votos a favor e 20 contra o impedimento. Alguns afirmam que houve um golpe, por que no Brasil existe a lei da ficha limpa A lei Complementar nº. 135 de 2010, a qual torna o candidato inelegível o impossibilitando de disputar eleição em função pública. Contudo, com o caso da Dilma poder concorrer depois ao senado se diz que foi desmistificando o caso de uma inelegibilidade por crime de responsabilidade.
Com a posse do Presidente Bolsonaro, voltamos a sentir ares de como se ainda estivéssemos no período da guerra fria, a guera ideológica entre a direita e a esquerda. Jã nas campanhas politicas se mostravam sinais de extremismo político e ideológico por parte do atual Presidente que se intensificou com a sua posse e as ideologias pessoais de alguns dos seus ministros.
Atualmente se torna necessário romper com a ideologia política e parar de nos limitarmos entre o pensamento dual de direita e esquerda, pois se sabe que a melhor forma de controlar os indivíduos é dividindo as pessoas colocando umas contra as outras. Essa polarização não favorece ao Brasil nem ao brasileiro. Quem sabe não está se pintando uma perspectiva diferente, pessoal, politica, religiosa, cultural, econômica etc. do mesmo “objeto”, sendo assim, estamos nos tornando arrogantes e inflexíveis com a perspectiva do outro. (Já houve um tempo em que se podia falar sobre politica e depois mudar de assunto, falar sobre outras coisas sem que não fossemos julgados e condenados pelo outro; esquerdopata ou bolsominion)
A universidade pública, os Institutos Federais, os professores, a educação em si estão sendo demonizados pela extrema direita. Esses espaços públicos e pessoas promovem o desenvolvimento da ciência, da educação, da tecnologia do trabalho e do pensamento crítico e estão ameaçados a reduzir a sua atuação em favor da sociedade por causa dos cortes previstos pelo governo por alguns anti-intelectuais. (é fácil de entender ver a maioria que não estuda ser contra a educação, mas quem precisa e é contra e educação pública fica difícil).
A educação e o trabalho são os meios mais prováveis de um indivíduo ascender socialmente e se mobilizar de uma posição a outra, entre os estratos socioeconômicos. A hegemonia cultural é uma coerção ideológica, sem o uso da força, que introduz um conceito de estado ampliado (pobre defendendo os direitos dos ricos acima dos seus direitos; nesse caso: algumas pessoas concordam que a educação só pertence a uma elite intelectual, perpetuado ideologicamente o status quo na sociedade onde cada um tem que ocupar o seu luga. Uma espécie de despotismo ou “determinismo social”). Estão diminuindo os nossos direitos à educação com os cortes nas verbas direcionadas as universidades, e diminuindo a nossa possibilidade de mobilidade social através da educação. Para o governo só se faz necessário que tenhamos uma consciência prática: um conjunto de saberes necessários para desempenhar uma função qualquer, sem considerar importante que tenhamos que ter uma consciência discursiva, que seja capaz de refletir sobre o porquê fazemos determinadas coisas e para quê a fazemos.
O “meteoro Bolsonaro colidiu com a terra” e trouxe consigo uma espécie de “vírus”, que não é mortal, entretanto, que bestializa as pessoas. Esse “vírus” trouxe a raiva, fez aumentar a intolerância, a violência, a homofobia, a estupidez, dividiu famílias e amigos e o mais perigoso está acontecendo agora, que é o descaso com a educação o que pode comprometer com futuro do país. Na verdade me pergunto se o Bolsonaro não é simplesmente como um espelho que reflete a nossa própria imagem, o nosso inconsciente: preconceituoso, invejoso, arrogante, perverso, enganador. Nessa brincadeira de passar o enel ainda faltam mais de três anos para o nosso o nosso “Gollum brasileiro” passar o anel, até lá não se sabe o que ainda pode ser piorado.

Fonte da imagem: https://www.youtube.com/watch?v=9tJ-g9IGwy0
Alex Alves