quinta-feira, 7 de março de 2013

O Esquisito e a Solidão



Às vezes o isolamento é um alento 
Para quem não quer alvoroço
Para quem está cheio de gente
Se ser popular é sorrir para todo mundo
Eu não sou notório.
Introspecção poderia até ser o meu nome
Eu não nasci com essa dádiva

Busco refúgio no conhecimento
A sabedoria é o meu escudo
E a coragem a minha espada

Por outro lado
É cansativo viver no abandono
As vezes quero é ir para casa grande
Eu já sei falar; falar...
Mas falar com quem nesse isolamento?
A Solidão algumas vezes só me fez mal
Eu quero ser ouvido
Eu já sei falar...

Mas a Solidão não quer mais me largar
Já está cobrando comunhão de bens
Se bem que eu não tenho nada!
Talvez eu saia no lucro
Para ela eu me finjo de mudo

Ela gosta de silêncio 
Logo agora
Que eu já sei falar...

Solidão é aquele tipo de mulher que você leva para cama
E no outro dia ela já diz que a mãe quer te conhecer
É muito delicada e astuta
Não quer nada alem de devoção
Com ela só se fala em pensamento
Ela gosta de silêncio
Logo agora...

A Solidão é uma fulana ciumenta
Insana e louca
Que roubou a minha voz

Alex Alves

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