O homem é medido
pelo que produz
Pelo que ele tem ou
possa oferecer
Certamente isso não
se traduz em valor
Valor humano
A religiosidade
procura negar o viver dessa vida
Em detrimento de uma
vida futura
Com mais alegria,
amor, respeito...
Se espelhando em um
modelo de perfeição inalcançável
Causando frustração
diariamente
E por descobrir que
é fraco falho e finito
O infeliz vive
mascaradamente
E talvez o medo de
duvidar tire seu sono
Marx disse que para
o capitalismo
O homem é visto como
um produto
E sofre as mesmas
variações no mercado
Concorrência, preço,
oferta etc.
E a alienação não o
deixa ver
Que ele é um simples
manipulável
Que prende, que
cobra as passagens, que abre a porta
Alguns são simplesmente
recipientes vazios
Cheios pela vontade
dos outros
Com tanto egoísmo,
arrogância, ambição...
A competição entre
os homens prevalece
Chegar em primeiro é
a meta
Ser o melhor é o
objetivo
Eu sou “homem”, mas
de uma classe melhor
Sou mais evoluído,
eu trabalho, estudo...
Quem quiser peça a
deus, trabalhe, estude...
Não me faça perder
tempo com o desgosto alheio
E no mercado da vida
Valores morais estão desvalorizados
O desprezo ao
próximo em desconto
A promoção das
desigualdades em todo lugar
O amor a Deus
oscilando
O preconceito e o
racismo em alta
E o saldo da minha
balança em déficit
Seria bom se desmedissem o
homem!
Alex Alves