sexta-feira, 8 de março de 2013
Quem tentou o Diabo?
Se atribuirmos a tendência que a humanidade tem de se inclinar para o mal ao Diabo, estaremos nos isentando de toda responsabilidade. Há tempos existe esta pergunta: Quem tentou o diabo? Pois, se atribuirmos a culpa por nossas escolhas erradas a ele, quem o tentou para usurpar o trono de Deus? Deus criou o Mal? O mal é o produto das nossas escolhas, está de forma eminente em cada um de nós, e pode se manifestar a qualquer momento? Todavia, o amor e o ódio andam em uma linha tênue.
Será que o Mal já não existia antes da criação e vivia lá no céu junto com Deus? Talvez até tenha sido criado por Ele, pois, se a religião atribui a origem de todos os males da humanidade ao Diabo, quem O tentou para cometer o mal e se voltar contra Deus? Outro Alguém maior? Será que o Seu coração foi como uma estrela que retrocede ate uma Supernova e, dai surge o mal? Diz-se que: “Ele veio para matar, roubar e destruir”. Eu pergunto: será que a espécie humana não se utiliza desse argumento para se eximir da maldade cometida pelos homens? Será que não chamamos de bom o nosso Ego e de Mal o nosso Ide? E no meio o selff sufocado em um conflito interno tentando não ceder ou extrapolando de vez as suas vontades? A religiosidade tem destruído a verdadeira intenção da religião desde o começo, se tornando objeto de dominação pela política e pelas pessoas que detinham o poder, de decidir pela vida dos outros em nome de Deus. Negar que existe Diabo também é negar a existência de Deus, para quem acredita... Essa dicotomia foi talvez criada para colocar cabresto nos homens, pois politicamente a coerção através da Fé é mais eficaz que o uso da força, Pois, quem se atreveria ir contra Deus? O que vejo hoje é o usufruto desenfreado da Fé alheia em beneficio próprio, ate quando isso vai continuar sem uma intervenção, quer seja Divina quer Jurídica? Não quero ser advogado do Diabo, mas convenhamos: vamos assumir a culpa pelos nossos erros! Também acredito que nenhum religioso deveria se envolver com políticas partidárias. Dificilmente eles ouvirão o anjo bom!
Alex Alves
8 de Março-Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional
da Mulher serve, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das
mulheres. A celebração perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo
um caráter festivo e comercial. Como nós vivemos em uma sociedade capitalista e
patriarcal, não é de se esperar que uma rosa vermelha substitua o devido
respeito que, não só nesse dia 8 de março, mas durante toda uma vida, lhes sejam
devidos. A mulher juridicamente ganhou
direitos, mas socialmente ainda sofre discriminação no trabalho, tem uma
jornada dupla, pois a maioria ainda trabalha em casa cuidando dos filhos e
marido e ainda existe a degradação da sua imagem por aqueles que precisam se alto
afirmar como: “machos”! Não desistam de lutar nunca pelos seus direitos...
Quero desejar para
todas as mulheres um Feliz dia Internacional da Mulher.
quinta-feira, 7 de março de 2013
O Esquisito e a Solidão
Às vezes o isolamento é um alento
Para quem não quer alvoroço
Para quem está cheio de gente
Se ser popular é sorrir para todo mundo
Eu não sou notório.
Eu não sou notório.
Introspecção poderia até ser o meu nome
Eu não nasci com essa dádiva
Busco refúgio no conhecimento
A sabedoria é o meu escudo
E a coragem a minha espada
Por outro lado
É cansativo viver no abandono
É cansativo viver no abandono
As vezes quero é ir para casa grande
Eu já sei falar; falar...
Mas falar com quem nesse isolamento?
A Solidão algumas vezes só me fez mal
Eu quero ser ouvido
Eu já sei falar...
Mas a Solidão não quer mais me largar
Já está cobrando comunhão de bens
Se bem que eu não tenho nada!
Talvez eu saia no lucro
Para ela eu me finjo de mudo
Ela gosta de silêncio
Ela gosta de silêncio
Logo agora
Que eu já sei falar...
Solidão é aquele tipo de mulher que você leva para cama
Que eu já sei falar...
Solidão é aquele tipo de mulher que você leva para cama
E no outro dia ela já diz que a mãe quer te conhecer
É muito delicada e astuta
Não quer nada alem de devoção
Com ela só se fala em pensamento
Ela gosta de silêncio
Logo agora...
Logo agora...
A Solidão é uma fulana ciumenta
Insana e louca
Que roubou a minha voz
Alex Alves
Mágramática-Teatro Mágico
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas Entre vírgulas
E estar entre vírgulas Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito, sua oração
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Separados ou adjuntos
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo,entretanto,todavia,não obstante
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar-se a si mesmo
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Sem horas e Sem dores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar no outro
E o outro no um
Até por que Tem horas que a gente se pergunta...
Porque é que não se junta tudo numa coisa só?
quarta-feira, 6 de março de 2013
Alma sufocada...
Não me assusta o que as pessoas
Convenientemente podem fazer
Acreditar que não se ama sem querer
É subestimar a capacidade
do amor
É querer dizer como se amar
Para o amor não existem regras
Não importam quão boas
Sejam as intenções
Sejam as intenções
Mentiras, suspiros, omissões...
Quando penso que ninguém vê
Vem o acaso e me expõe!
Atravessa a minha porta como se fossem visões
Sinto-me preso numa cadeia
Morrendo com minhas paixões
Pensando em alguém escondido
Eu tento esconder emoções.
Alex Alves
Vai um amor sincero ai?
Cordel
O amor só morre uma vez,
E vez enquando é assassinado,
Por vezes alguém descuidado,
Como sem intenção!
O vai matando aos poucos
Depois quer o perdão.
E vez enquando é assassinado,
Por vezes alguém descuidado,
Como sem intenção!
O vai matando aos poucos
Depois quer o perdão.
Com requintes de crueldade!
Sem chances de defesa.
Não importa a idade,
Se tudo é só vileza,
Para quem espera a felicidade,
No final só vem tristeza.
Não importa o quanto se ame
Se o amor por vezes é tão distinto
Como esperar que alguém sinta amor
Da mesma forma q eu sinto?
Vai um amor sincero ai?
Alex Alves
Sem chances de defesa.
Não importa a idade,
Se tudo é só vileza,
Para quem espera a felicidade,
No final só vem tristeza.
Não importa o quanto se ame
Se o amor por vezes é tão distinto
Como esperar que alguém sinta amor
Da mesma forma q eu sinto?
Vai um amor sincero ai?
Alex Alves
Raízes da desigualdade
A
burguesia conseguiu ascender na Europa com a Revolução Francesa, tendo como
ajuda a participação da classe pobre, sob uma ideologia de libertação do povo
contra a monarquia, logo que conseguiu, se voltou ao status quo, e cada um voltou a ocupar o seu lugar. Os pequenos
produtores não podiam competir com a burguesia, que tinham as ferramentas e
recursos de trabalho necessários para produzir os bens de consumo, no máximo,
poderiam oferecer a sua capacidade/força de produção em troca de condições de
trabalho subumanas, com longas jornadas. Karl Marx chama de: “teoria do
conflito”, onde sempre existirá uma luta entre as classes, para se manter ou
ascender socialmente.
Quero
fazer uma ilustração, usando como exemplo o telefone celular, para levar a um
entendimento de como possa nascer uma das causas da distinção (diferença),
entre as classes. Há trinta anos ele não existia, a partir do primeiro contato,
passou a se tornar um bem necessário e, até hoje ele só vem sendo aperfeiçoado.
Como o homem poderia sentir falta de alguma coisa que ainda não existia? Ou que
nunca teve contato? Pois então, ele foi criado como muitas outras coisas,
facilitar a vida das pessoas, no entanto, se tornou ícone de status. Só se pode
sentir falta de uma coisa quando tiver o contato com ela, se não, só se sente o
desejo de possuir; antes de o celular existir não se sentia falta dele.
No inicio
ter o aparelho se tornou uma questão de status, isso colocava as pessoas que podiam
usufruir desse bem em posição de destaque na sociedade e servia para
identificar uma classe, mas, se nunca tivesse sido inventado? O ser humano
estaria em busca de outra forma de se diferenciar? Podemos dizer que sim
através de experiências do cotidiano.
Essa
luta cria ícones que distinguem as classes e faz com que o individuo se transforme
em consumidor de coisas das quais ele nem sabia que precisava e, uma vez em
contato “não consegue mais viver sem”. Não poder utilizar um símbolo que reflita
uma posição social pode gerar insatisfação, quando não se consiga obter em
detrimento de sua classe/condição social. As pessoas tentam de certo modo ascender
socialmente, e isso gera satisfação quando conseguem estar de acordo com os padrões
criados pelo capitalismo; quanto mais próximos estamos dos grandes centros
urbanos, mais sofremos influência dele. Imaginemos uma situação hipotética (pois,
não tenho fundamentos teóricos, apenas empíricos), onde existam pessoas que
vivam nas Zonas Rurais e tenham pouco contato com o capitalismo, não usem
celular, poucos tenham veiculo motor, não exista Shopping Center nas
proximidades e só vejam alguns objetos de consumo pela TV; e no máximo, vão ao
mercado/feira livre nos finais de semana, tais pessoas não teriam os mesmo
ícones que os nossos como símbolo de status. Se por acaso uma dessas pessoas do
campo viessem morar em uma capital ou próxima a ela e tivessem influencia do
capitalismo diretamente, não passaria a desejar as mesmas coisas das classes
consideradas superiores?
É
claro que isso pode ser objeto de estudo, no entanto, quero especular sobre o
assunto, levando em consideração o conflito de classes, imaginando o consumismo
como fator que coloca, se não, seja combustível para as diferenças sociais.
Nas palavras de Durkheim: [...] se mais pessoas desejassem menos, então a
solidariedade social aumentaria mais...
O
determinismo é uma teoria pessimista; acredita que uma pessoa nascendo num
determinado ambiente social sofra influencias por ele que determinem o seu papel na sociedade, é
claro q isso não é verdade porque se fosse realmente assim, todos nós agiríamos
da mesma forma aos mesmos impulsos; no entanto, vou usar o termo: “status atribuído”,
para falar sobre as diferenças de impostas ao gênero e raça.
De
acordo com o texto de Claude Lévi-Strauss: Gobineau justifica que o
determinismo geográfico e biológico, já citado acima como não aceito, são os
causadores das diferenças entre as raças, pois, se atribuiu as pessoas de pele
escura uma baixa intelectualidade, e incapacidade de desenvolver uma cultura
consistente; e às mulheres biologicamente são inferiores aos homens quando se discutia
sobre força muscular, trata-se de um status atribuído, no qual os indivíduos que nasçam sob esses aspectos,
não tenham oportunidades iguais dentro das sociedades. Não seria um sistema de
causa e efeito, pois, algumas pessoas nascidas sob esses aspectos podem ascendem
socialmente.
Essa
idéia foi para justificar as diferenças baseadas em argumentos científicos, e
sociais como forma de se explicar a opressão sobre as classes consideradas
inferiores e a imposição do poder. Isso se fincou em diversas culturas e de
certa forma foi perpetuado por pessoas sem informação ou de forma intencional. Outro
fator importante colocado no texto é a questão cultural, pois, existe certa
hierarquia étnica desde a colonização, por exemplo, as pessoas são classificadas
pela cor da pele e os traços que os caracterizam (branco,
amarelo, negro, cafuzo, mameluco). Os negros e as mulheres ganharam direitos jurídicos,
mas socialmente ainda são descriminados e não tem as mesmas oportunidades dos
homens considerados de cor branca. Todas essas ideologias culturais, raciais, patriarcalismo e o
consumismo desenfreado contribuem bastante para as desigualdades além de falhas
nas políticas publicas.
Alex Alves
Acerto de contas com a vida!
"A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas
Que eu já fiz pra quem eu amo"
1970-2013
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