segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PARTO HUMANIZADO E A IMPESSOALIDADE DO SISTEMA PÚBLICO

Alexsandro Alves de Araújo
 Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
Centro De Filosofia e Ciências Humanas – CFCH
Ciências Sociais – Licenciatura
Seminários Interdisciplinares
Docente: Alexsandro S. Jesus


Resumo - Este artigo apresenta o relatório final solicitado para a obtenção da nota do curso de seminário interdisciplinar. O tema foi escolhido mediante a possibilidade de escolha do aluno. Aborda sobre o fato da impessoalidade do sistema público de saúde em relação às mulheres grávidas, e a importância das parteiras  nos lugares os quais o sistema público ainda não chegou. Será utilizado o uso de figuras e recortes de textos da internet dispostas no final do artigo como forma de reforçar a compreensão do leitor.

Abstract - This paper presents the final report required for obtaining the note interdisciplinary seminar course. The theme was chosen by the possibility of the student's preference. Addresses on the fact that the impersonality of the public health system regarding pregnant women, and the importance of midwives in places where the public system is not yet. Will be used the use of figures and text clippings internet arranged at the end of the article as a way to enhance the reader's understanding.

(Palavras-chave: parto humanizado, parteiras, impessoalidade)

1. INTRODUÇÃO 

Este texto tem a finalidade de explanar sobre o descaso por parte das instituições públicas “hospitalares”, e a impessoalidade com que são tratadas algumas gestantes nesses locais, foi tema de um dos debates em sala de aula. O parto humanizado permite maior conforto para a mulher e respeita os limites do seu corpo, pois não tenta antecipar o nascimento do bebê. O trabalho das parteiras aos poucos deixou de ser procurado, até porque, encontra resistência pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por causa dos riscos que envolvem, por falta de recursos para a segurança da mulher. Abordarei este tema tentando nos levar a uma reflexão: até que ponto é seguro o parto em casa e se há impessoalidade no sistema público. 

2. O  MUSEU DA PARTEIRA

            O projeto museu da parteira fica situado em Jaboatão dos Guararapes-PE, e foi fundado como uma forma de patrimonização para reconhecer os trabalhos feitos pelas parteiras ao longo dos tempos e preservar a sua memória. As famílias que moravam longe dos grandes centros urbanos geralmente eram atendidas por elas, comumente eram pessoas conhecidas na localidade. O trabalho realizado por elas não tinha fins lucrativos, era uma forma voluntaria de ajudar, todavia, aceitavam ajuda financeiro como reconhecimento simbólico, não especulava valor,  servia mais para ajudar na sua vida diária. Segundo reportagem no site http://www.institutonomades.org.br/parteiras-localidades/jaboatao:

[...] De acordo com contagem populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007 o município de Jaboatão apresentava uma população estimada de 665.387 habitantes, número que consolidava sua posição como o segundo maior município de Pernambuco em número de habitantes, sendo ultrapassado apenas pela capital do estado. Embaralham-se em seu território áreas predominantemente urbanas, com todos os seus problemas característicos, e áreas predominantemente rurais, formadas por engenhos. A Associação das Parteiras Tradicionais e Hospitalares de Jaboatão dos Guararapes, [...] congrega parteiras urbanas e rurais, além de parteiras de municípios vizinhos, como Recife e Camaragibe. Ver figura 1 em anexo

Tal reconhecimento coloca estas mulheres em evidencia, muito embora esse trabalho venha aos poucos deixando de ser utilizado, pode-se recordar e buscar mais sobre o tema visitando o museu em Jaboatão.

2. AS PARTEIRAS

2.1 O Iphan estuda classificar parteiras de Pernambuco como patrimônio nacional

            Aliny Gama Especial para o UOL Notícias Em Maceió 26/09/201112h45:
[...] O ofício das parteiras pode se tornar patrimônio imaterial brasileiro no Livro de Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O inventário – requisito para o título – foi realizado por um grupo de instituições pernambucanas onde o trabalho das raras parteiras resiste ao tempo. Devido à oralidade da técnica de partejar, o conhecimento do ofício deve ser registrado em forma de livro para que a prática não seja extinta com o passar dos anos. Ver figura 2 e 3 em anexo

            O Ipham convida as mulheres para rodas de diálogos, ensinando sobre a gestação, o parto e os métodos corretos no exercício da função para não ocorrer complicações na ora do nascimento e de reconhecer quando for o caso de uma intervenção médica. O lema do grupo é “somos todas mães”. É importante esse trabalho de esclarecimento, pois em alguns lugares estas mulheres são de fundamental importância.
2.1.2 Como as parteiras são vistas pelos médicos

            A comunidade de medicina não aprova o parto em casa por que é um ambiente o qual não se poderá recorrer aos aparelhos e métodos utilizados dentro de uma instituição apropriada para a intervenção medica necessária, UTI, anestesista, obstetra entre outros. E pelo desconhecimento, algumas parteiras faziam relação do parto com a dor e acabavam a provocando para acelerar o processo.

3. PARTO HUMANIZADO

            A humanização da assistência medica neonatal proclama uma mudança na concepção do parto como experiência humana, e para quem o assessora, uma mudança no “que fazer”diante do sofrimento do outro humano, no caso da mulher; consiste em um tratamento de respeito. O ideal seria não intervir no parto e sim deixar que ocorra naturalmente sem que seja necessária a operação cesárea.

            De acordo com  (Mariana Portella s.d.):
O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de partos cirúrgicos. A situação é alarmante, pois enquanto a Organização Mundial da Saúde(OMS) recomenda uma taxa de 15%, o Ministério da Saúde identifica que, na rede privada, os partos cesáreos chegam a 82% e, na rede pública, 37%. [...] A Coletiva também traz uma entrevista com a médica Simone Diniz. A entrevistada acredita que houve um avanço na questão da universalização do parto, mas avalia o modelo de assistência ao parto no Brasil como obsoleto, inseguro e provocador de sofrimento nas mulheres. Para Diniz, o primeiro problema seria a aposta na assistência centrada no médico de formação cirúrgica. A reportagem “Como fazer do seu parto uma festa” aborda o tema das festas de nascimento, tendência que, tal como a “cultura da cesárea”, cresce no país. Ver figura 4 e 6 em anexo

            O momento do parto ou o que o antecipa, não necessariamente deve ser visto como uma coisa assustadora; o termo utilizado por Simone Diniz “fazer do parto uma festa” é simplesmente tratar a mulher com o devido respeito, levando em consideração o principio de igualdade, tratando-a  com um ser humano e não como um objeto ou um ser sem alma. O que acontece na maioria das vezes é que uma pessoa comum não pode ter um medico a sua disposição, todavia, os bebês não escolhem à hora de nascer. É mais cômodo para o médico agendar o dia do nascimento oferecendo a possibilidade de um parto cesáreo.

3.1 O parto em casa

            Muitas pessoas confundem o parto em casa com o parto humanizado, pelo fato de poder ter a presença dos familiares, ouvir musicas relaxantes, e ter a presença de uma parteira disponível, no entanto, o parto humanizado também pode ser feito no hospital; se faz necessário uma conscientização por parte das instituições hospitalares em relação ao tratamento com dignidade ao próximo. Alem do que os hospitais dispõem de aparelhos e uma segurança maior em caso de socorro médico.

4. A INSTITUIÇÃO E A IMPESSOALIDADE

            O parto torna-se institucionalizado –impessoal– impondo a submissão feminina e tratando de forma depreciativa ou infantilizando a mulher a chamando de “mãezinha” entre outros nomes; não tratando com o devido respeito, assemelhando o serviço público hospitalar aos de outras instituições: os presídios por exemplo. Onde os infratores entram, são destituídos de todos os seus pertences e dalí em diante não pertencem mais a sociedade e sim a instituição (Estado), e são uniformizados, assim também fazem com as mulheres.  Segundo (Diniz 2013 apud Mold & Stein, 1986).

No modelo hospitalar dominante na segunda metade do século 20, nos países industrializados, as mulheres deveriam viver o parto (agora conscientes) imobilizado, com as pernas abertas e levantadas, o funcionamento de seu útero acelerado ou reduzido, assistidas por pessoas desconhecidas. Separada de seus parentes, pertences, roupas, dentadura, óculos, a mulher é submetida à chamada “cascata de procedimentos”.

            Algumas mulheres são tratadas muito mal, em sua maioria, pelo fato de não aparar o pelos pubianos, são ridicularizadas e maltratadas pelas enfermeiras e sofrem descaso pelo corpo médico. Transformando o momento do parto em um momento de culpa e sofrimento, o qual, desprovidas de companhia e amparo da instituição sentem medo de reclamar.
           

Anexos


                                                   
Figura 1 – Museu da parteira

Figura – 02 Capacitação para parteiras tradicionais desenvolvida pelo Grupo Curumim 
  
Figura – 03 Capacitação para parteiras tradicionais desenvolvida pelo Grupo Curumim 

Figura – 04 Partos realizados em casa auxiliados por parteira e doula reacendem tradição de nascimento domiciliar. Ambiente residencial traz aconchego para mãe e filho e diminui o risco de infecções contraídas em hospital

Figura – 05 Índia xukuru mostra um dos instrumentos utilizados em partos realizados na aldeia

Figura – 06 Partos realizados em casa auxiliados por parteiras e doula reacendem tradição de nascimento domiciliar. Ambiente residencial traz aconchego para mãe e filho e diminui o risco de infecções contraídas em hospital.


Discussões e Conclusões


            O tema abordado explana sobre um percentual da população que é ignorado, todavia, tais fatos de descaso e impessoalidade não são levados em consideração, pois algumas pessoas desconhecem os próprios direitos, e o medo de reclamar se tronam bastante evidentes. A criação do museu da parteira resgata a memória dos trabalhos prestados por elas e é também uma forma de homenageá-las pelos serviços prestados às famílias que tiveram como único recurso, o parto em casa.

Referências


1.      DINIZ, Carmen Simone Grilo. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Recife, 06 de 09 de 2013.

2.      GAMA, Aliny. Uol Noticias - Cotidiano. 26 de 09 de 2011. http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/09/26/iphan-estuda-classificar-parteiras-de-pernambuco-como-patrimonio-nacional.htm (acesso em 27 de 08 de 2013).

3.      MARIANA Portella, SIMONE Diniz. Fundação Joaqui Nambuco. http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2553:assistencia-ao-parto-e-tema-da-revista-coletiva-&catid=44:sala-de-impressa&Itemid=183 (acesso em 27 de 08 de 2013).


FONTE DAS FOTOS NA INTERNET

4.      http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/09/26/iphan-estuda-classificar-parteiras-de-pernambuco-como-patrimonio-nacional.htm

5.      http://www.institutonomades.org.br/parteiras-localidades/jaboatao


6.      http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2553:assistencia-ao-parto-e-tema-da-revista-coletiva-&catid=44:sala-de-impressa&Itemid=183

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A ética protestante e o “espírito” do capitalismo


  

Em a Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Weber começa investigando os princípios éticos que estão na base do capitalismo, constituindo o que ele denomina de seu “espírito”. O principio religioso chamado de “ética protestante”, vai ser o nosso objeto de estudo. Para Weber, o capitalismo não só chamam atenção da sociologia por causa do fator econômico como Marx imaginava, mais o seu crescimento também se deveu ao modo de vida cristão calvinista. O calvinismo se diferenciava do cristianismo católico e luterano, pois os cristãos desse seguimento tinham um interesse também na prosperidade terrena, a qual relacionava à salvação. Os artesãos católicos trabalhavam para sobreviver, os calvinistas mais além, geralmente acendiam de cargo, ocupavam posição de destaque nas profissões ou eram os próprios burgueses donos das fabricas. Nas palavras de (Weber 2004, p.34), “para os católicos o mais importante seria dormir bem, para os calvinistas seria comer bem”. Isto foi uma crítica à fixação pelo trabalho que se confundia ao desejo material, assim eram visto pelos católicos os cristãos calvinistas.

De acordo com (CATANI 1980, p.15):



A concepção cristã medieval considerava o trabalho uma verdadeira maldição, devendo desenvolver-se apenas na medida em que o homem dele necessitasse para a sua sobrevivência, não sendo aceita, jamais, como um fim em si mesmo.


A ética protestante fazia uma relação profunda com a honestidade, era um modo de vida baseado na retidão e na confiança. Era um estilo de vida para os calvinistas; cumprir com a palavra contribuiria para manter o credito na praça, uma vez que faltando com a palavra perderia a confiança dos credores e conseguintemente viria o insucesso, dessa forma ele não se veria como eleito. Esse estilo de vida metódico contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo de uma forma bastante significativa; introduzida por uma religião determinista e estilo de vida sistemático em todos os aspectos o qual deveria predominar o ascetismo, os cristãos calvinistas de uma forma natural, sem que fosse o objetivo fim fosse o esbanjamento.


Segundo (CATANI 1980, p.17-18):


[...] junto à valorização positiva do trabalho está também presente no espírito calvinista uma valoração positiva da riqueza criada por esse trabalho. Todavia, essa riqueza criada não deve ser consumida nem gozada e, tampouco, deve ser economizada, no sentido de haver entesouramento.


A disciplina moral levava os crentes a pouparem seus ganhos e, ao mesmo tempo, os inibia de usarem os lucros para o consumo de bens luxuosos. Uma vida de ascetismo o aproximava de Deus. Os lucros geralmente eram reinvestidos na própria empresa capitalista, gerando um movimento repetitivo. Weber viu na ética protestante uma das conseqüências da evolução capitalista industrial. Mesmo sendo uma questão primitiva de regras baseada na moral e nos costumes, a religião é um freio moral para a sociedade, assim como os fatos sociais contribuem para o cumprimento das normas de convivência social, assim, o ascetismo religioso contribuiu significativamente para o desenvolvimento do capitalismo






Em sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, o autor Max Weber analisa os motivos que levaram o surgimento do capitalismo industrial ter sido desenvolvido em países protestante como a Inglaterra e Alemanha. Analisando principalmente a religião calvinista do ponto de vista principalmente dos Puritanos, Weber discutiu a importância da moral protestante como impulso para as atividades capitalistas. Tais hábitos da religião dos calvinistas foram cruciais para o florescimento capitalista em contradição com a tradição católica que via a rejeição as práticas econômicas. 


A reforma protestante iniciada pelo monge Lutero, foi crucial para uma ruptura com as normas vigentes da época trazendo a possibilidade para que muitos reinos, condados etc. Se libertassem da tutela papal e fundasse em seus respectivos territórios igrejas nacionais, foi o que aconteceu na Alemanha com Lutero e na Inglaterra com Henrique VIII. Sabemos hoje que a reforma protestante não foi um movimento de um sentimento apenas religioso, mas da junção desse sentimento com um apelo econômico. No Marxismo a explica do ponto de vista econômico, para Karl Marx as religiões são “filhas de seu tempo”, e mais concretamente, filhas da economia, mãe universal de todas as sociedades humanas. 

Assim a reforma surge para a atender àquelas expectativas que estavam surgindo até muito antes do século XVI. Segundo o autor tais práticas do calvinismo possibilitaram uma legitimação do ganho racional do lucro. O autor inicialmente em seu trabalho, A ética Protestante e o espírito do capitalismo, aponta como foi de tão grande importância a moral protestante com seus dogmas e ensino para o sistema capitalista, que anteriormente era visto como um pecado para a moral católica. 

A nova moral que se estabelecia na palavra de ordem “tempo é dinheiro” possibilitou uma doutrina para os seus fies muito importante, possibilitando o acumulo de capitais e posteriormente tais capitais serem empregados nas empresas capitalistas. Outro fator relevante é a poupança, por quê? Pois antes guardar dinheiro era avareza e pecado, a moral católica dizia: temos que viver em busca da salvação eterna. Foi assim na Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma e por que não no Brasil. As religiões sempre foram importantes para seguridade da ordem econômica, social e política. 




Alex Alves


CATANI, Afrânio Mendes. O que é capitalismo. São Paulo: Brasiliense s.a, 1980.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Pulo: Companhia das Letras, 2004.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Do pó viestes e ao pó voltarás

O debate público não admite o pensamento religioso, pois questões de convicção pessoal não podem servir como baliza para questões que envolvem toda uma sociedade. No entanto, a expressão “do pó viestes ao pó voltarás”, me parece perder o sentido religioso e estar passando a ter um sentido determinista. Pois, dificilmente alguém que vem de uma classe menos favorecida consegue oportunidades na vida, devido a uma resistência natural da sociedade.

Alex Alves

sábado, 31 de agosto de 2013

O que está acontecendo na Síria?


Imagem 1

Como é que tudo começou?


O problema começou em 2011 na cidade síria de Daraa. Os moradores saíram às ruas para protestar, pois 15 alunos haviam sido presos - e torturados - por escrever pichações anti-governo em uma parede. Os protestos foram pacíficos, para começar, pedindo a libertação das crianças, a democracia e uma maior liberdade para as pessoas do país. O governo respondeu com raiva, e em 18 de março, o exército abriu fogo contra os manifestantes, matando quatro pessoas. No dia seguinte, eles atiraram nos funerais das vítimas, matando outra pessoa. As pessoas estavam chocadas e revoltadas com o que tinha acontecido e logo a agitação se espalhou para outras partes do país.

O que os manifestantes querem?


A princípio, os manifestantes só queria democracia e mais liberdade. Mas uma vez que as forças de segurança abriram fogo contra manifestações pacíficas, as pessoas exigiram que o Presidente, Bashar al-Assad, renuncie. O Presidente Assad se recusou a renunciar, a medida que a violência se agravou ele se ofereceu para mudar algumas coisas sobre a forma como o país é governado, mas os manifestantes não acreditaram nele. Assad também tem um monte de pessoas na Síria que ainda apoiam ele e seu governo. A suspeita de uso de armas químicas tem vindo a aumentar a pressão sobre a comunidade internacional a agir depois de alegações de que houve uso de arma químicas ​​na guerra. Agora, os países estão debatendo a melhor forma de reagir ao aprofundamento da crise. O governo da Síria negou categoricamente o uso de armas químicas, dizendo: "não há nenhum país no mundo que usa uma arma de destruição definitiva contra seu próprio povo." 

Existe alguma ajuda de outros países?

Para que isso aconteça, todos os países membros da ONU têm de concordar -, mas Rússia e China até agora têm bloqueado qualquer movimento para fazer isso. Rússia, em particular, tem fortes laços com o governo do presidente sírio Assad e tê-los ajudado, fornecendo armas. Grã-Bretanha e a França têm empurrado para a capacidade de enviar armas para os rebeldes, dizendo que iria encorajar o governo sírio para chegar a uma solução para o conflito. Mas há um grande debate sobre se o envio de armas é o caminho certo para acabar com a guerra. Não há nenhuma maneira de dizer que poderia se apossar das armas.

A crise de refugiados

Muitas pessoas, sírios comuns, foram apanhadas na violência da guerra e foram obrigados a deixar suas casas para fugir para outros países. Cada fluxo de refugiados dia para além das fronteiras da Síria para os países vizinhos da Jordânia, Líbano, Turquia e Iraque. Milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Síria e estão precisando desesperadamente de ajuda. Mas agências de ajuda humanitária dizem que a obtenção de ajuda para as pessoas dentro da Síria é muito difícil e perigoso.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

VIGIAR E PUNIR


HISTORIA DA VIOLÊNCIA NAS PRISÕES

Esta obra é um estudo científico sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos adotados pelo poder público na repressão da delinquência. Os métodos vão da violência física até instituições correcionais.

FOUCAULT, MICHEL
Michel Foucault (França, 1926-1984) estudou Filosofia e Psicologia na École Supérieure, em Paris. Lecionou no Collège de France, sobre a História dos Sistemas de Pensamento, e foi diretor do Instituto Francês em Hamburgo e do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Clermont-Ferrand.

Formato: Livro
Autor: FOUCAULT, MICHEL
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: VOZES
Assunto: FILOSOFIA
Livraria Cultura

Resumo:






Vigiar e punir é um livro do filósofo francês Michel Foucault, publicado originalmente em 1975 e tida como uma obra que alterou o modo de pensar e fazer política social no mundo ocidental. É um exame dos mecanismos sociais e teóricos que motivaram das grandes mudanças que se produziram nos sistemas penais ocidentais durante a era moderna. É dedicado à análise da vigilância e da punição, que se encontram em várias entidades estatais (hospitais, prisões e escolas). Foca documentos históricos franceses, mas as questões sobre as quais se debruça são relevantes para as sociedades contemporâneas. É uma obra seminal que teve grande influência em intelectuais, políticos, ativistas sociais e artistas.
Foucault muda a ideia habitualmente aceita de que a prisão é uma forma humanista de cumprir pena, assinalando seis princípios sobre os quais assenta o novo poder de castigar:






terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fatores atuantes na evolução do sistema educacional brasileiro



A educação no Brasil, não caminha lado a lado com o seu desenvolvimento. Ela sempre foi símbolo excludente do: “Apartheid Escolar”. A teoria do conflito de Marx reflete muito bem as dificuldades ainda existentes, em se tratando da educação brasileira, onde existem duas classes sociais lutando entre si pela ascensão ou permanência no poder (status social). A educação seria o meio por onde as pessoas que não tinham terras ou títulos de nobreza poderiam ascender socialmente e se igualar as outras. Esse é um fator chave que permite a aceitação das diferenças, pois, se sabe que qualquer um conseguiria mudar o seu estado social pelos estudos. Cada um vai cuidar de se esforçar para estudar e alcançar os seus objetivos, no entanto, na pratica não é bem assim. O ensino no Brasil sempre foi diferenciado. Enquanto que as pessoas que tinham mais condições financeiras estudavam as ciências naturais e sociais as pessoas consideradas pobres  aprendiam para desenvolver um trabalho braçal. As Leis de Diretrizes e Base (LDB), de certa forma legitima essa condição. Por causa da industrialização se fez necessário que se dispusesse rapidamente de uma mão de obra eficaz que pudesse atender as demandas geradas pelo Capitalismo, assim acaba quase que naturalmente se dividindo as tarefas (os pobres com trabalhos braçais e os ricos com trabalhos intelectuais)..
  A educação no Brasil no período da era Vargas, enfrentou muitos problemas, pois, o poder era centralizado. [...] A vitoria dos princípios federalistas que consagrou  a autonomia dos poderes estaduais, fez com que o Governo Federal, reserva-se uma parte da tarefa de proporcionar educação à nação, e não interferisse de modo algum nos direitos de autonomia reservados aos Estados. Não existia um padrão de ensino na época, isso fez com que fosse gerada uma desorganização na construção do sistema de educação.
A primeira republica tentou varias vezes resolver os problemas iniciais mais graves, mas não obteve êxito.  Imaginou-se que seria uma boa idéia substituir o currículo acadêmico por um enciclopédico, com inclusão de disciplinas cientificas; inaugurou o ensino seriado, melhorou a organização do sistema educacional, alcançado as escolas primarias e secundarias (através da reforma do Distrito Federal), também o ensino em todo o País (Superior Artístico e Técnico).
Depois da vitoria do federalismo, as confederações ganharam independência, no entanto, houve uma grande disparidade no ensino, por causa das diferenças econômicas dos Estados. Entendamos: se um Estado participa diretamente do comando político e econômico, vai gozar de privilégios  e recursos, pois poderão se equipar com melhores recursos de educação, enquanto que os mais pobres não vão ficar em pé de igualdade com eles, e ficam a favor da própria sorte. Sendo assim a educação ganha força no sul e sudeste, por causa da participação política e econômica.
O liberalismo político  e econômico se transforma em liberalismo educacional, e contribui bastante para e diminuição das diferenças socioeconômicas e culturais nos Estados brasileiros do sul, em seguidas os outros Estados.
A educação era vista como um instrumento de ascensão social. A constituição da republica em 1891, descentralizou o ensino e deu direito de criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados, no entanto, cabia a nação criar e controlar os cursos de nível secundário acadêmico; e aos Estados, dava-lhes liberdade para eles atuarem sobre a educação primaria e profissional, que na época, as moças estudavam no ensino médio normal e os rapazes em cursos técnicos profissionalizantes.
            Partia dai as disputas sociais, através da educação, que por sua vez, segregava as pessoas colocando diferenças entre elas. A burguesia e classe média “freqüentavam o ensino acadêmico superior”, enquanto que aos pobres era reservada uma educação de ensino médio/ técnico profissionalizante, por causa da industrialização, São criadas as leis orgânicas de ensino: 6 decretos leis ( ensino primário, secundário, industrial, comercial, normal e agrícola); consistia a elite, classe media e classes populares na seqüência: 
·         Primário, Ginásio e Superior;
·         Primário, Normal e Superior (Filosofia);
·         Primário, profissionalizante e Superior (área técnica)
É encaminhada para o Congresso Nacional a lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBDEN), aprovada somente em 1948.
Uma grande dificuldade da escola pública na maioria das vezes é o absenteísmo de professores e o novo sistema de avaliação, onde não pode haver reprovação, e sim um índice de desenvolvimento, por causa dos incentivos externos.

Consideraçoes Finais

Entende-se que é de fundamental importância o alinhamento da educação com a inclusão social no mundo do trabalho. Permitir direitos iguais de concorrência às oportunidades é um fator diferencial para o desenvolvimento do Brasil. A LDB acaba legitimando o Apartheid educacional através da segregação, permitindo um ensino desigual. Esquecem das necessidades aos conhecimentos científicos e sociais, fazendo com que se torne uma coisa naturalmente irreversível. Se faz necessário uma implementação nas políticas publicas para atender a real necessidade do sistema educacional do Brasil.
Paulo Freyre (1996) é uma referencia em educação inclusiva e participativa. Ele fala em vários dos seus livros sobre a pedagogia da autonomia, da inclusão e respeito pelas pessoas. Quero deixar uma de suas declarações, que acredito ser bastante significativa para o contexto:  “a educação não é um fator determinado, sim, depende de condicionamento”.
[...] não significa negar os condicionamentos genéticos, culturais, sociais a que estamos submetidos. Significa reconhecer que somos seres condicionados, mas não determinados. Reconhecer que a Historia é tempo de possibilidades e não de determinismos, que o futuro, permita-se-me reiterar, é problemático e não inexorável.
Podemos fingir que essas diferenças não existem e, continuar sem lutar pelos direitos educacionais. Mantendo certo conformismo diante da situação ou cobrar do Governo melhores condições de ensino e incentivo a educação e a cultura no País. 


Alex Alves


ROMANELLI, Otaiza de Oliveira. HISTORIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL (1930/1973). 34ª ed. Rio de janeiro: Petropolis, 2009. Cap.2 (Fatores atuantes na evolução do sistema educacional)
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=xmhV7ihNCCA

domingo, 11 de agosto de 2013

Karl Marx e o Capitalismo

O Capitalismo e a alienação do trabalho
Para Marx, a história da sociedade civil é a historia da luta de classes. A teoria do conflito de Karl Marx fala sobre os conflitos que existiram entre as classes de senhores e servos, patrões e empregados, ricos e pobres desde a sociedade mais antiga ate à contemporânea. A alienação é um produto do capitalismo. A industrialização sufocou o pequeno artesão, pois, com a mudança nos meios de produção os produtos que eram feitos por métodos artesanais agora são feitos em longa escala, por maquinas, para atender a demanda emergente desse novo método de produção. Isto fez com que o pequeno produtor não tivesse condições de competir como artesão, e para sobreviver ele vende a sua força de trabalho como um produto para o empresário burguês. Karl Marx abordava sobre o antagonismo de classe decorrentes do capitalismo, que atenuava, no sentido de dependência um do outro, uma distancia enorme entre os burgueses e o proletariado. O trabalhador sofre uma alienação causada pelo estranhamento do seu trabalho. Ele não se reconhece mais no produto que ele fabrica, o produto passa a ser uma coisa estranha. Antes o trabalhador conhecia todo o processo de construção do seu produto, e colocava toda a sua capacidade intelectual de criação e força de produção, comprava a matéria prima, estocava e colocava o valor segundo o tempo de trabalho social necessário para a venda do produto. O mesmo se tornava uma coisa, se considerava uma extensão do trabalhador. Uma vez que o individuo passa a produzir segundo os métodos de produção industrial, ele não conhece o produto num todo, só parte dele, dessa forma ele também não se reconhece no produto, que passa a ser um produto alienado, estranho ao trabalhador. Isso torna o artesão num escravo voluntario do capitalismo por causa do medo da fome. Marx disse que se o proletariado se reconhecesse como classe oprimida, passaria de uma classe em sí para uma classe para si; quando toma consciência do que a distingue de outras classes, ou seja, quando adquire “consciência de classe”, dessa forma a sociedade se desenvolveria para um comunismo social e aconteceria o fim da historia. Marx não acredita que um milagre salve o proletariado, ou seja, não se trata de uma ideologia. O meio mais eficaz de lutar contra o estado burguês seria através da política, ele não acredita na ideologia de Saint-Simon, Hegel, Fourier, Owen e outros filósofos. Para ele, o ser humano é um agente ativo e transformador da historia e da sociedade, deve desprender-se do estado contemplativo das coisas e se tornar um ser ativo. Marx se dizia um materialista pratico do mesmo modo que se dizia comunista, ele se opõe ao contemplativo enquanto tem o propósito de revolucionar o mundo existente.

Mais - valia 

A visão de Marx em relação à alienação do trabalho era que o individuo não recebia um salário harmônico com o que produzia, a diferença da produção a qual não ia para o bolso do empregado chamava de mais-valia. Para Marx se somando o custo de toda matéria prima necessária para a fabricação do produto, o processo de fabricação e o tempo necessário para se produzir a “coisa industrializada” o produto custaria um valor “X” bruto, que seria multiplicado ao ser colocado à venda. Ao se colocar no mercado, o valor do produto teria seu preço elevado e, digamos a venda de uns três produtos fabricados serão mais ou menos equivalente ao salário mensal do trabalhador. Ao lucro restante referente à fabricação pelo resto do mês Marx chamou de mais-valia. 

A rejeição das disposições morais

Segundo ele, o ideal de liberdade do proletariado só seria alcançado quando o individuo for livre para produzir segundo a sua vontade, sem que sofra pressão externa a ela, não se dá pelo grau de consciência das leis, moralidade e regulação social se opondo a Kant e Hegel. 

De acordo com (Levine 1997): 

Para Marx, o que os filósofos morais descrevem como admiráveis faculdades ou idéias morais não passam de crenças tendenciosas a serviço da de uma luta de classes. Assim em, A ideologia Alemã, Marx e Engels zombaram da noção de Kant de boa vontade como uma expressão da “impotência, depressão e mesquinhez dos burgueses alemães (...) de quem ele era o coonestador porta-voz” (1965, 206 e seg). Mais tarde, Engels resumiu a posição de ambos ao dizer que, como todos os credos morais são o produto de condições socioeconômicas e uma vez que a sociedade foi historicamente organizada através de antagonismo de classes, “amoralidade foi sempre moralidade de classes; ou justificou a dominação e os interesses das classes governantes ou, toda vez que a classes oprimida ficou suficientemente poderosa, representou sua indignação contra a dominação e os futuros interesses dos oprimidos” (Trucker, 1978, 726). Uma vez que as noções morais servem apenas como veículos para os interesses da classe exploradora ou da insurgente, tão logo chegue à sociedade sem classes os seres humanos não precisarão de tais noções.

A moralidade serviu como instrumento para dominar as classes menos favorecidas. Para Marx e Engels o Estado favorecia a classe dominante não, serve aos interesses comuns. A sociedade civil então deve aproveitar a ilusão de interesse comum para lutar contras as diferenças de classe, “não é o Estado que cria a sociedade civil, conforme pretendia Hegel. Ao contrario, é a sociedade civil que cria o Estado”.

Alex Alves


LEVINE, Donald Nathan. Visões da tradição sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A fé não é algo para se entender

"A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar".
Mahatma Gandhi

O que leva cada um de nós a pensar na imortalidade da alma, por que alguns acreditam em Deus ou deuses? Algumas pessoas confundem Fé com desejo? Já dizia o apostolo: “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria”. 1 Coríntios 13; 2. 

O que é Fé? Segundo Friedrich Nietzsche: “A fé não move montanhas. Na verdade, coloca montanhas onde não há nenhuma”. "A fé é ignorar tudo aquilo que é verdade".
Para alguns, ter Fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. “Este termo vem do grego pi.stis, traduzido por confiança, firme convencimento. Assim, a palavra fé pode ser entendida como acreditar, confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir sem nenhum motivo aparente, estar ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer”. (http://www.infoescola.com/religiao/o-que-e-fe/).
A beleza da fé está em igualar todas as pessoas na face da terra. Todos independente de classe social, cor, sexo ou gênero. Todos temos Fé em alguma coisa às vezes; o homem do campo reza ao seu deus, o índio, o padre, o pastor, o homem rico e o pobre todos rezamos. Então porque classificar a Fé de acordo com a religião? Algumas pessoas acreditam ter mais fé que outra, e isto acaba acentuando as diferenças sociais entre os iguais. A fé no Candomblé é diferente do Catolicismo, cristianismo, hinduísmo, judaísmo etc? Se pensarmos como no versículo citado acima, o amor seria o mais importante em todas as religiões. Este documentário mostra um pouco da simplicidade e grandeza da Melhor assistir o vídeo em tela cheia.



Alex Alves


Gerações BB, X, Y e Z



Nas palavras de Bergamini: "As organizações brasileiras recrutam, por exemplo , engenheiros, advogados e outros profissionais sem a necessária formação para trabalhar em setores responsáveis por pessoas. É muito frequente, por exemplo, encontrar engenheiros trabalhando em áreas de recursos humanos". Nesse sentido, não imaginam que graves erros podem ser cometidos por esses profissionais ao longo de sua permanência nessas organizações.
Ainda pelo motivo de economizar, e não pagar um salario relativo a função exercida, se promove funcionários por tempo de serviço, ou por que talvez seja um ótimo vendedor, desse modo pode-se pagar menos mas, corre-se o risco de estar perdendo um bom vendedor e promovendo um péssimo gerente.
Ainda o choque entre as gerações BB, X, Y tem tem gerado algumas dificuldades de relacionamento dentro das empresas. 
Quando se mistura toda essa gente de gerações e culturas diferentes é quase inevitável que não aconteça tais problemas, principalmente por que alguns gestores ainda não estão preparados para lidar, ou resolver os conflitos. 







Alex Alves


Bergamini, C. W. (2011). Psicologia Aplicada à Administração de Empresas(4ª ed.). São Paulo: Atlas.
Vídeo Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=x1oIU6AGHo8
Acesso: 11/04/2012

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Provocações - Eu sou Mefistófeles





"Tudo é vaidade nesse mundo cão, tudo é tristeza, tudo é pó
Eu sou Mefistófeles"
Abujamra

"Vocês não sabem como é divertido o absoluto ceticismo. Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada".
Millôr  Fernandess

As religiões respeitam os direitos das mulheres?


Em nossa sociedade, a mulher há pouco tempo pôde manifestar a sua opinião, votar, trabalhar etc. A cada dia elas vão conquistando mais espaço na sociedade, mudando o quadro de uma sociedade baseada no patriarcalismo. Algumas ainda têm que enfrentar uma jornada dupla, pois, além do trabalho formal, de carteira assinada, ainda tem que trabalhar em casa cuidando dos filhos, do marido e dos afazeres domésticos.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): A proporção de famílias chefiadas por mulheres cresceu mais do que quatro vezes nos últimos dez anos. Em relação aos casais sem filhos, o índice de autoridade feminina passou de 4,5% para 18,3%; já entre os que possuem filhos, subiu de 3,4% para 18,4%. A mulher juridicamente ganhou direitos, mas socialmente ainda sofre discriminação.

Quero colocar uma passagem bíblica para reflexão:

E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. joão 8:5,6,7

Acho que já deu para perceber que não se trata de um adultério e sim de uma prostituta que foi encontrada com um homem casado (sarcasmo). Pergunto: quem foi pego em adultério? Onde está o homem nessa historia? O certo não seria: “pela lei de Moisés o casal que for encontrado em adultério deverá ser apedrejado”?

Não concordo com o apedrejamento, só quis ousar em corrigir essa passagem bíblica, a qual considero ter sido modifica pela igreja, por se tratar de uma organização criada e comandada por homens.

Alex Alves

Fonte dos dados IBGE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/11/28/numero-de-mulheres-chefes-de-familia-cresce-mais-do-que-quatro-vezes-segundo-ibge.htm
Foto: http://ideiasembalsamadas.blogspot.com.br/2012/12/religiao-machismo-e-hipocrisia.html

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Camelôs fazem protesto em Prazeres, Jaboatão do Guararapes PE em 06/08/2013

Os ambulantes fizeram protesto contra a proibição das vendas de CDs e DVDs piratas. A venda de produtos piratas é uma contravenção penal, e dá cadeia. A Lei 10.695, de 1 de Julho de 2003, acrescentou ao artigo 184 do Código Penal, que constitui crime "Violar direitos de autor e os que lhe são conexos". Dia 06/08/2013 a empresa “Priples” também fez protesto contra a proibição do esquema de pirâmides. Se sentindo injustiçados os participantes da pirâmide foram para as ruas protestar contra a decisão do Supremo Tribunal. Pois é, outro meio ilegal de obter lucro. Quem fica por ultimo não recebe nenhum percentual referente ao investimento. De qual perspectiva podemos tentar observar a situação do Brasil nesse momento? Será que todos são vitimas da sociedade capitalista, que não dá oportunidades de trabalho? Será que o problema é cultural? Nesse compasso, será que logo não vai ter traficantes reclamando o direito de vender as suas drogas sem a interferência do governo? Eu sou a favor dos protestos, cujas causas são de interesse publico, comunitário... Ah Brasil de todos os santos, de todas as raças, todas as cores... Da liberdade de expressão, da reclamação, de protestos diligentes... Ah ordem e progresso, cadê você? Porque tudo desanda dessa forma? Acho que estou sendo egocêntrico demais, talvez haja algum sentido nisso tudo. Talvez eu não entenda porque tenho meu trabalho, minha vida sem precisar vender algo ilegal, ou enriquecer sem esforços. Tenho que ser sínico e fingir que não vejo. Será isso tudo um sistema de corrupção hereditária que herdamos dos nossos colonizadores? No país do “tudo pode”, “o meu pirão primeiro”! Triste...

Alex Alves