quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL EM UMA PERSPECTIVA WEBERIANA



Ainda existe no seio da sociedade resquícios de uma antiga relação de poder advinda do patriarcalismo e do machismo em relação a classe feminina que coloca ambos os sexos em posições distintas na sociedade brasileira. Não me refiro a classe, no sentido econômico, e sim, a um determinado grupo de pessoas ou gênero. A questão do pertencimento de classe pode trazer determinados benefícios ou poder a distintos grupos de pessoas.
A realidade contemporânea da mulher trabalhadora e mãe, exige uma ruptura, de certa forma, com o que ela foi subordina por muito tempo: a família, ao poder masculino e as relações pessoais tradicionais. No Brasil existe uma grande parte de mulheres que trabalham em vários setores, contudo, existe diferença de salários para homens e para mulheres que ocupam a mesma função dentro das empresas e instituições privadas. Se faz necessário que haja igualdade no direito ao trabalho, ao salário, as remunerações às oportunidades e que o trabalho não seja uma coisa sexista. A mulher, embora tenha a oportunidade de trabalhar, ainda tem que enfrentar uma dupla jornada de trabalho, pois, se for casada e tiver filhos, não pode deixar de cumprir, com o que seria a sua obrigação, que é cuidar da casa e dos filhos, até mesmo quando o homem que não trabalha a maioria das atividades domesticas são destinadas a mulher. Isso é uma coisa que é inculcada de tal forma, que algumas mulheres acreditam ser justa essa questão.  Esse tipo de constrangimento se dá de forma sútil, e muitas vezes exige que a mulher adote uma postura masculinizada para exercer determinadas funções de liderança para não demonstrar fraqueza ou qualquer tipo de sentimento, que é considerada uma característica feminina.
         De certa forma, pode-se utilizar Weber para explicar a existência da desigualdade social brasileira relacionada ao gênero pois existe determinada diferença em algumas ocasiões, que permitem uma diferença nas oportunidades e nas posições ocupadas por homens e mulheres, a qual poderia dizer que existe também certo poder simbólico relacionado ao gênero, que traz consigo certo status, força, poder, seja nas instituições públicas ou privadas. O foco de Weber é no mercado como fonte de desigualdades de oportunidades de vida.

3. BIBLIOGRAFIA


BREEN, R. (216). Fundamentos de uma análise de classe neoweberiana. (Texto utilizado em sala)
LEBRUN, G. (2009). O que é poder. São Paulo: Editora brasiliense.

PETER L. BERGER, T. L. (2014). A Construção Social da Realidade. Rio de Janeiro: VOZES.

SETTON, M. d. (11 de Dezembro de 2017). Uma introdução a Pierre Bourdieu. Acesso em 11 de Dezembro de 2017, https://revistacult.uol.com.br/home/uma-introducao-a-pierre-bourdieu/.

WEININGER, E, B, R. (216). Fundamentos de uma análise de classe de Pierre Bourdieu. (Texto utilizado em sala)


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